No Dia Mundial do Cérebro, comemorado na segunda-feira, 22 de julho, uma descoberta promissora traz esperança para o combate à perda de memória e à deterioração cognitiva: a molécula OSP-1, identificada por cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, e do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, demonstrou ser capaz de proteger o cérebro da autodestruição dos neurônios e dos efeitos do estresse oxidativo.
De acordo com os pesquisadores, a OSP-1 atua regulando a autofagia, processo no qual as células literalmente se autodestroem. Esse fenômeno, agravado pelo estresse oxidativo, é uma das principais causas de perda de cognição, dificuldades de raciocínio e demência. A descoberta foi publicada na revista científica Nature Communications.
A equipe liderada pelos cientistas Alessandra Donato e Massimo Hilliard, do Centro Clem Jones de Pesquisa sobre Demência no Envelhecimento (CJCADR), acredita que a molécula poderá ser fundamental no desenvolvimento de tratamentos para doenças neurológicas, incluindo o acidente vascular cerebral (AVC).
“O estresse oxidativo, causado pelos radicais livres, pode danificar os neurônios ao ativar um processo chamado autofagia”, explicou Donato. “Vamos tentar frear geneticamente esse processo ou agir com um tratamento medicamentoso”, completou Hilliard.
Os primeiros testes foram realizados com vermes C. elegans e células de mamíferos. A próxima fase da pesquisa será feita com ratos, com foco especial em avaliar os efeitos da molécula OSP-1 em casos de AVC.
Com potencial para se tornar uma nova aliada no combate ao Alzheimer, demência e outras condições neurológicas, a molécula OSP-1 representa um avanço significativo na neurociência, oferecendo novas perspectivas de saúde e qualidade de vida para milhões de pessoas.
Informações Só Notícia Boa.