Corpo de Juliana Marins será sepultado para preservação de provas

Família decide pelo sepultamento para garantir novas perícias no caso do acidente fatal na Indonésia

O corpo da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, será sepultado e não mais cremado, como era seu desejo. A decisão foi tomada pela família nesta sexta-feira, 4 de julho, para garantir a preservação de evidências em caso de necessidade de exumação durante as investigações sobre sua morte. Juliana faleceu após cair durante trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, na madrugada de sábado, 21 de junho. Seu corpo foi encontrado apenas na terça-feira, 24 de junho, por equipes de resgate.

O velório aconteceu no Cemitério Parque da Colina, em Niterói, aberto ao público pela manhã, seguido de cerimônia restrita a amigos e familiares. Ao chegar, o pai de Juliana, Manoel Marins, agradeceu o apoio nacional que deu visibilidade ao caso e criticou a estrutura de resgate no país asiático:

Trata-se de despreparo, de descaso com a vida humana, trata-se de negligência e precariedade dos serviços daquele país. É um destino turístico mundialmente conhecido, que depende do turismo para sobreviver e deveria ter mais estrutura para resgatar as pessoas que passassem por um infortúnio desses, mas, infelizmente, não tem”, afirmou Manoel, defendendo mudanças nos protocolos locais.

Logo que o corpo chegou ao Brasil, foi realizada uma nova autópsia no Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Rio, a pedido da família, que contesta o laudo indonésio. Segundo os legistas estrangeiros, Juliana morreu de hemorragia interna causada por trauma contundente. O novo laudo preliminar deve sair em até sete dias.

Emocionado, o pai lembrou quem era a filha: “Será que algum dia essa saudade vai diminuir? Não sei. Ela não está presente fisicamente, mas está espiritualmente e no coração da gente.”

A família aguarda o resultado da nova perícia para definir próximos passos no caso, enquanto busca respostas para a demora no resgate que, segundo eles, pode ter sido determinante para a morte de Juliana.

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