Funcionária de escritório de advocacia é suspeita de desviar R$ 334 mil usando notas fiscais canceladas
Operação investiga esquema de estelionato em Porto Alegre; suspeita comprou terreno de R$ 300 mil e fazia viagens internacionais

A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira a Operação Abuso de Confiança para apurar um esquema de desvio de dinheiro envolvendo uma ex-funcionária de um escritório de advocacia de Porto Alegre. Segundo a investigação, entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, a mulher teria utilizado o sistema bancário interno para realizar transferências via PIX para um cúmplice, causando um prejuízo de R$ 334 mil à empresa.
Durante as ações, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em Canoas, onde residem a suspeita e seu cúmplice, e confiscaram um terreno, um carro e equipamentos eletrônicos relacionados ao suposto golpe. A ex-funcionária recebia salário de R$ 6 mil, mas passou a exibir sinais de enriquecimento rápido, como viagens internacionais e a compra de um terreno avaliado em mais de R$ 300 mil em Cachoeirinha.
Para realizar o esquema, ela teria manipulado o fluxo de pagamentos internos e usado notas fiscais canceladas para ocultar os desvios. Ao todo, foram dez transações autorizadas por um dos sócios do escritório, que desconhecia as fraudes. O crime só foi descoberto após uma notificação da Receita Federal, seguida por uma auditoria interna que constatou as irregularidades.
A investigação está sendo conduzida pela Dicesp/DERCC (Delegacia de Investigações Cibernéticas Especiais), que apura estelionato e associação criminosa. O objetivo agora é aprofundar a análise de vínculos financeiros entre os investigados e suas movimentações patrimoniais, já que ambos mantinham contato constante pelas redes sociais.