O governo federal lançou nesta terça-feira, 1º de julho, o Plano Safra 2025/2026, que disponibiliza R$ 516,2 bilhões para financiar agricultura e pecuária empresarial no Brasil, valor R$ 8 bilhões maior em relação ao ciclo anterior. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do evento no Palácio do Planalto, destacando que a produtividade agrícola brasileira está diretamente ligada à preservação ambiental e recuperação de áreas degradadas.
Do total, R$ 447 bilhões serão destinados a grandes produtores rurais e cooperativas, enquanto R$ 69,1 bilhões irão para produtores do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural). As taxas de juros para custeio e comercialização serão de 10% ao ano para o Pronamp e 14% para os demais produtores. Para investimentos, variam entre 8,5% e 13,5% ao ano, conforme o programa.
O Plano Safra também amplia a sustentabilidade no campo. Créditos de custeio poderão ser destinados à produção de sementes, reflorestamento e culturas de cobertura que preservam o solo entre safras. Além disso, o crédito rural passa a exigir o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) em financiamentos acima de R$ 200 mil, ampliando a segurança produtiva.
Entre as novidades, está a elevação do limite de renda do Pronamp de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões por ano, permitindo que mais produtores acessem condições diferenciadas, além da autorização para financiar rações, suplementos e medicamentos adquiridos até 180 dias antes da formalização do crédito.
Os programas ModerAgro e InovAgro foram unificados, aumentando o limite de investimentos em granjas, e o programa de armazenagem (PCA) passou a permitir projetos de até 12 mil toneladas de capacidade. O subprograma RenovAgro Ambiental, além de recuperar áreas protegidas, financiará caminhões-pipa e mudas de espécies nativas para reposição de reservas legais.
Complementando as ações para o setor rural, o governo anunciou na segunda-feira, 30 de junho, o Plano Safra da Agricultura Familiar, com R$ 89 bilhões para pequenos produtores, incluindo taxas de juros menores e incentivo à produção sustentável com bionsumos e transição agroecológica.