Indígenas caingangues seguem acampados em área da Fepagro em Santa Maria sob monitoramento da Brigada Militar

Cerca de dez famílias indígenas da etnia caingangue permanecem acampadas na área da Fepagro, na Estação Experimental de Santa Maria, no distrito de Boca do Monte, desde a tarde de terça-feira, 15 de julho. O grupo, composto por homens, mulheres e crianças, passou a noite no local, sob monitoramento de duas guarnições da Brigada Militar (BM).

Segundo o líder Erni Amaro, os indígenas vieram de Tenente Portela, Iraí e Passo Fundo, municípios afetados pelas enchentes de maio do ano passado, e chegaram em um caminhão, seis carros e um táxi. A intenção do grupo é permanecer na área, pertencente ao Estado, por ser rica em matéria-prima usada na confecção de artesanato, principal fonte de sustento das famílias. A primeira ideia era ocupar uma área no bairro Camobi, mas a proposta foi rejeitada pelas famílias.

As negociações para desocupação devem ser retomadas na manhã desta quarta-feira. Ainda na tarde de terça, alunos da Escola Municipal de Educação Infantil localizada dentro da área da Fepagro foram retirados em segurança e entregues aos responsáveis.

O advogado Gabriel de Oliveira Soares, que presta assessoria jurídica popular para comunidades tradicionais e é vinculado ao Departamento de Direito da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), afirmou que uma parte dos indígenas teria vindo do bairro Chácara das Flores. Por volta das 19h, um representante do Ministério Público Federal (MPF) esteve no local para coletar depoimentos de policiais e da liderança caingangue. O impasse ainda persiste.

Fonte: Rádio Imembuí

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