Durante uma reunião virtual de emergência realizada na segunda-feira, 14 de julho, os presidentes das federações das indústrias de todo o Brasil, em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), solicitaram ao governo norte-americano o adiamento de pelo menos 90 dias na aplicação das novas tarifas anunciadas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
Segundo a CNI, o prazo solicitado é considerado essencial para permitir uma análise mais profunda dos impactos econômicos e a busca por soluções diplomáticas que evitem prejuízos maiores para o setor produtivo brasileiro.
A medida norte-americana prevê uma elevação tarifária de até 50% e deve entrar em vigor em quinta-feira, 1º de agosto. A estimativa inicial apresentada no encontro aponta para a possível perda de 110 mil empregos, além de impacto negativo no PIB, ainda sem valor definido.
Os participantes do encontro destacaram a importância de que as negociações sejam conduzidas com equilíbrio, prudência e diálogo técnico, respeitando os canais institucionais e reforçando a necessidade de cooperação entre os dois países.
A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, participou da reunião e afirmou que as preocupações serão encaminhadas ao governo brasileiro.
Além disso, um comitê interministerial criado pelo Palácio do Planalto se reunirá a partir de terça-feira, 15 de julho, com representantes de setores econômicos para reunir subsídios que irão fundamentar a resposta do Brasil ao governo dos Estados Unidos.