Médica agredida brutalmente durante aniversário tem alta após cirurgias no rosto

Vítima passou por reconstrução facial após ataque violento e permanece sob proteção policial; agressor foi preso e alegou ciúmes como motivação

Após quase duas semanas internada e submetida a diversas cirurgias de reconstrução facial, a médica agredida durante a comemoração de seu aniversário finalmente recebeu alta de um hospital em Santos. A vítima, que havia sido socorrida em estado grave e entubada, sofreu múltiplas fraturas no rosto — incluindo nariz, maxilar e o osso abaixo do olho — e precisou de atendimento especializado em neurocirurgia. A liberação hospitalar ocorreu no domingo, após sua recuperação gradual.

O ataque brutal ocorreu em um apartamento alugado na zona sul de São Paulo, onde o casal se hospedava por ocasião do aniversário da médica. Câmeras de segurança registraram a chegada da vítima sozinha ao local durante a madrugada e, minutos depois, o agressor entrando no imóvel. A violência aconteceu em poucos minutos, com a mulher sendo deixada inconsciente e com o rosto desfigurado. Ele fugiu levando o carro dela e foi localizado apenas no litoral paulista. A prisão ocorreu em flagrante, após a denúncia de vizinhos que ouviram gritos de socorro.

Durante audiência de custódia, o acusado afirmou que “saiu de si” no momento da agressão, alegando não se lembrar exatamente do que aconteceu. A defesa tentou justificar o comportamento com laudos médicos que apontam transtornos psiquiátricos, uso de medicamentos e anabolizantes. No entanto, o juiz do caso decidiu pela manutenção da prisão preventiva, considerando que o acusado demonstrou plena capacidade de fugir e agir com lucidez após o crime.

O caso provocou grande repercussão pública e reacendeu o debate sobre violência doméstica e feminicídio no Brasil. O episódio evidencia a gravidade das agressões cometidas em ambiente íntimo e a importância de denúncias rápidas por parte de vizinhos e testemunhas. A médica, agora fora do hospital, continua recebendo apoio psicológico e medidas de proteção, enquanto as investigações seguem em curso.

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