Médico é preso por armazenar imagens de abuso sexual infantil em Porto Alegre
Médico de 48 anos, casado e com filha pequena, é detido por posse de vídeos e fotos de pornografia infantojuvenil em dispositivos eletrônicos na zona Leste de Porto Alegre

Um médico de 48 anos foi preso em flagrante na quinta-feira, 3 de julho, em Porto Alegre, por armazenar conteúdos de abuso sexual infantil. A detenção, realizada por agentes da 2ª Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) com apoio do Instituto-Geral de Perícias (IGP), ocorreu na residência do suspeito, em um bairro nobre da zona Leste da capital gaúcha.
A investigação teve início em maio, após uma denúncia anônima feita por uma pessoa próxima que visualizou as imagens no celular do médico. Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, peritos de informática forense do Departamento de Criminalística do IGP localizaram dezenas de fotos e vídeos de pornografia infantojuvenil em telefones celulares e notebooks do homem, que foram apreendidos.
Informalmente, o suspeito, que é casado e pai de uma filha pequena, admitiu os crimes. De acordo com a delegada Sabrina Teixeira, titular da 2ª DPCA, o médico não possuía antecedentes criminais e nenhuma das vítimas seria paciente dele. “O suspeito não atua na área da medicina infantil. Acreditamos que ele tenha recebido através da internet o material que estava armazenado. Independentemente disso, cada imagem ou vídeo com conteúdo de pornografia infantil representa não apenas um crime em si, mas evidencia a ocorrência de outros cometidos contra uma vítima real”, afirmou a delegada.
A apuração policial indica que o homem consumia conteúdos desse tipo há pelo menos um ano. O delegado Raul Vier, diretor da Divisão Especial da Criança e do Adolescente (Deca), destacou a importância do núcleo de operações cibernéticas, ativo desde abril, no combate a esses crimes. “A internet pode passar a falsa sensação de anonimato, mas os crimes cometidos no ambiente virtual têm sido rigorosamente apurados”, ressaltou. O médico foi encaminhado ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp) e permanece à disposição da Justiça.