Ministro afirma que 958 mil famílias deixarão o Bolsa Família

Mais de 950 mil famílias deixaram de receber o Bolsa Família em julho, resultado direto da melhora em suas condições econômicas. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, cerca de 3,5 milhões de pessoas ultrapassaram a linha da pobreza, impulsionadas por empregos formais ou crescimento em pequenos negócios. O ministro Wellington Dias afirmou que esse movimento é resultado das políticas públicas que vêm sendo implementadas desde o início do governo atual, em 2023.

Grande parte dessas famílias — 536 mil ao todo — havia atingido o período de 24 meses da chamada “regra de proteção”, que garante metade do valor do benefício mesmo após o aumento da renda per capita. A regra funciona como uma transição para os beneficiários que superam o limite de R$ 218 por pessoa, podendo chegar até meio salário mínimo. Esse mecanismo contribui para que as famílias se mantenham em processo de ascensão sem perder o suporte imediatamente.

O ministro também destacou o papel de programas de qualificação profissional e incentivo ao empreendedorismo como ferramentas essenciais para a saída dessas pessoas da pobreza. Iniciativas como o Acredita, Pronaf e Agroamigo têm ajudado os beneficiários a se reinserirem no mercado ou criarem seus próprios negócios. “Temos parcerias com estados, municípios e o setor privado para oferecer caminhos sustentáveis de renda”, reforçou Dias.

Além dos dados econômicos, o ministro chamou atenção para o preconceito que muitos beneficiários enfrentam. “Há uma falsa ideia de que quem recebe o Bolsa Família não quer trabalhar”, disse ele, lembrando que o programa exige contrapartidas nas áreas de educação, saúde e emprego. Desde o início da atual gestão, mais de 8,6 milhões de pessoas saíram do programa por atingirem renda suficiente, contribuindo para um total de quase 24 milhões de brasileiros que superaram a pobreza nos últimos dois anos.