Mudança no IOF: decisão eleva imposto e impacta câmbio, crédito e previdência privada

Cobrança sobre operações financeiras volta a subir após ministro do STF restabelecer decreto do governo; perda com risco sacado será de R$ 450 milhões neste ano

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de restabelecer quase integralmente o decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) provocou a quarta alteração nas alíquotas em menos de dois meses. Com a medida, voltam a valer as taxas vigentes até terça-feira, 25 de junho, exceto no caso do risco sacado, que continua isento.

Segundo o Ministério da Fazenda, a perda de arrecadação com a isenção do risco sacado será de R$ 450 milhões em 2025 e R$ 3,5 bilhões em 2026. Embora Moraes tenha autorizado a cobrança retroativa a terça-feira, 11 de junho, a Receita Federal informou que retomará a cobrança a partir desta quinta-feira, 17 de julho, analisando casos pontuais de recolhimento anterior.

As mudanças atingem diretamente empresas e cidadãos, com aumentos em operações de câmbio, crédito corporativo e aportes de alta renda em previdência privada. As alíquotas retornam à configuração da terceira versão do decreto, que havia sido parcialmente modificada em maio.

Confira os principais impactos:

Viagens e câmbio

As operações de câmbio voltam a ser unificadas em 3,5%, incidindo sobre:

Para operações não especificadas:

Estão mantidas as isenções para:

Crédito para empresas

Previdência VGBL

Tributação de fintechs e apostas

Paralelamente, uma medida provisória (MP) editada em junho continua em vigor e prevê:

Se aprovada, a MP também trará mudanças a partir de 2026 no Imposto de Renda da população mais rica, como:

A decisão do STF é considerada pelo governo uma vitória da Constituição, embora ainda represente ajuste fiscal com impacto direto no bolso dos contribuintes, sobretudo aqueles com maior poder aquisitivo.

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