“Não vou entregar este país de volta àquele bando de malucos”, afirma Lula

Luiz Inácio Lula da Silva voltou a considerar publicamente a possibilidade de disputar a reeleição em 2026, impulsionado por uma série de fatores políticos e internacionais. A recente tensão com os Estados Unidos, após o presidente Donald Trump impor tarifas ao Brasil alegando perseguição contra Jair Bolsonaro, teve repercussão interna positiva para Lula. A resposta firme do governo brasileiro à taxação fortaleceu a imagem do presidente e alimentou seu discurso político.
A pesquisa Quaest divulgada na última quarta-feira revela que 72% da população discorda das tarifas impostas por Trump, considerando injustificável a alegação de perseguição a Bolsonaro. Além disso, 79% acreditam que as novas taxas vão impactar negativamente a vida dos brasileiros, o que amplia o respaldo ao posicionamento do atual governo frente à medida dos EUA. Essa conjuntura fortaleceu Lula, que tem usado o momento para retomar falas públicas sobre uma possível candidatura, condicionando sua decisão à saúde e ao ambiente político de 2026.
Outro fator que tem animado o presidente é a queda na rejeição popular. Segundo o levantamento Genial/Quaest, a parcela da população contrária à sua reeleição caiu de 66% em maio para 58% em julho, enquanto o apoio cresceu de 32% para 38%. Apesar de o cenário ainda ser majoritariamente adverso, há uma percepção de avanço. Em comparação a fevereiro, quando Lula atingiu o pico de rejeição em todos os seus mandatos, o momento atual representa uma inflexão importante. Com isso, o presidente reforça seu posicionamento: “Não vou entregar este país de volta àquele bando de malucos.”