Operação Interlocutor: GAECO e Polícia Penal apreendem mais de 230 celulares em ação no Presídio Regional de Bagé

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) deflagrou nesta quarta-feira, 9 de julho, em conjunto com a Polícia Penal, a Operação Interlocutor para coibir o ingresso de celulares e drogas no Presídio Regional de Bagé (PRB). Pelo menos quatro apenados, que juntos somam mais de 650 anos de condenação, foram identificados como responsáveis pelo acesso de objetos ilícitos na cadeia. Eles são considerados de alta periculosidade.

Na operação foram apreendidos grande quantidade de celulares, TVs com smartphones escondidos em seu interior e armas brancas artesanais (estoques).

Depois de realizar operações na terça-feira, em Uruguaiana e Rosário do Sul, o GAECO, por meio do 9º Núcleo Regional – Campanha, coordenado pelos promotores de Justiça Rogério Meirelles Caldas e João Afonso Beltrame, voltou a agir em uma casa prisional. Mesmo com o uso de scanner corporal e redes de proteção, o ingresso de telefones e entorpecentes seguia ocorrendo de forma reiterada no local.

Segundo Rogério Caldas, “tanto na revista geral de terça-feira quanto na de quarta-feira, a ofensiva ocorreu por meio do cumprimento de mandados judiciais de busca e apreensão para retirar o maior número de ilícitos das celas e para obter mais provas para identificarmos todos os responsáveis”. Já João Beltrame ressaltou que “o MPRS já conseguiu provas contra quatro envolvidos, os quatro apenados, mas o objetivo também é detalhar passo a passo desta irregularidade”.

Em todo o ano de 2024, foram apreendidos 192 celulares e registradas 19 tentativas de arremesso de objetos de fora da cadeia para dentro. Em 2025, até maio, os números já superam o ano passado: 232 celulares apreendidos e 39 tentativas de arremesso.

A Operação Interlocutor contou com apoio da Brigada Militar (BM), reunindo cerca de 70 policiais militares e agentes do Grupo de Ações Especiais (GAES) da Polícia Penal. O coordenador do GAECO no Estado, promotor André Dal Molin, também atuou na ação junto a cerca de 40 agentes do GAECO. A investigação continua.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo