Os radares de controle de velocidade instalados em rodovias federais brasileiras serão desligados a partir de 1º de agosto por falta de recursos para manter os contratos de operação. A decisão foi comunicada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) à empresa Fotosensores, que opera os equipamentos no Rio Grande do Sul. Apesar dos alertas feitos desde o ano passado sobre a insuficiência de verba no orçamento de 2025, a realidade se impôs: enquanto o planejamento técnico pedia R$ 364,1 milhões, apenas R$ 43,3 milhões foram destinados, representando uma redução de 88% no valor necessário para manter todos os serviços de fiscalização funcionando.
Mesmo com tentativas para readequar os valores, os recursos seguem abaixo do mínimo necessário, o que inviabiliza a continuidade do serviço nas rodovias federais sem pedágio. Nas estradas concedidas à iniciativa privada, como BR-101, BR-386 e freeway no Rio Grande do Sul, os pardais permanecerão ativos, pois são de responsabilidade das concessionárias. Segundo projeções do próprio Dnit, há previsão de R$ 164,5 milhões em gastos com a operação dos radares, mas o orçamento disponível não passa de R$ 79,6 milhões, o que expõe motoristas e pedestres a riscos ainda maiores com a retirada desses instrumentos de fiscalização.