Polícia Civil deflagra operação contra hacker que atacou sistema do Tribunal de Justiça do RS

Mandados de prisão e busca foram cumpridos na manhã de terça-feira, 22 de julho, no município de Guarabira, na Paraíba

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DPRCC/Dercc), deflagrou na manhã de terça-feira, 22 de julho, a Operação Negazione, com foco na repressão aos crimes de invasão qualificada de dispositivo informático e interrupção de serviço de utilidade pública. A ação resultou no cumprimento de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em Guarabira, interior da Paraíba.

O alvo é um cibercriminoso identificado como responsável por ataques aos sistemas do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, ocorridos em março de 2025. Na ocasião, um ataque de negação de serviço (DDoS) tornou indisponível o sistema Eproc e o site institucional do TJRS, comprometendo temporariamente a prestação jurisdicional no Estado.

Durante as investigações, foi identificado um canal na deep web, operado por um hacker que se autodenomina “FEDERAL”. O criminoso organizava e transmitia os ataques ao vivo, inclusive oferecendo pagamentos via PIX para participantes das ações contra servidores públicos e sistemas governamentais. A análise técnica revelou o uso de uma botnet com mais de dois mil dispositivos comprometidos, distribuídos em diversos países.

Com base nas evidências, a DPRCC/Dercc representou pela prisão preventiva do suspeito e pela busca e apreensão de equipamentos eletrônicos e documentos em locais ligados a ele. As ordens foram deferidas pela Vara Regional de Garantias de Porto Alegre e executadas com apoio da Polícia Civil da Paraíba, em uma demonstração de atuação conjunta no combate ao cibercrime de alcance interestadual.

O material apreendido servirá para identificar outros possíveis integrantes do grupo criminoso e esclarecer conexões com ataques semelhantes em outras regiões do país. A Polícia Civil reforça seu compromisso com a proteção das instituições públicas e com o enfrentamento qualificado dos crimes cibernéticos, garantindo que atos ilícitos praticados com uso de tecnologia serão devidamente investigados e punidos.

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