Polícia Civil do RS prende suspeito de vender acessos a sistemas judiciais em nova fase da Operação Falso Patrono

Homem detido em Vila Velha é acusado de fornecer logins de advogados e fabricar documentos falsos usados em golpes do “falso advogado”

Na manhã de quinta-feira, 24 de julho, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou a Operação Falso Patrono 3, com o objetivo de desarticular uma célula criminosa especializada em estelionatos, falsificação de documentos e uso de identidade falsa no chamado golpe do “falso advogado”. A ação foi conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos (DRCPE/Dercc) do Departamento Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos e contou com o apoio da Polícia Civil do Espírito Santo.

Durante a operação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva em Vila Velha, no Espírito Santo. Um homem foi preso e diversos documentos e aparelhos celulares foram apreendidos para análise.

As investigações tiveram início em 2024, após diversos advogados gaúchos denunciarem o uso indevido de seus dados e dos seus escritórios para contatos fraudulentos com clientes. Com uso de ferramentas tecnológicas, a Polícia Civil identificou indivíduos envolvidos e deflagrou, anteriormente, duas fases da operação em cinco estados, com a prisão de nove pessoas e o cumprimento de mais de 50 ordens judiciais.

Segundo a Polícia, o homem preso nesta nova fase, natural de Vitória e residente em Vila Velha, era responsável por criar e vender acessos a sistemas processuais como PJe, ESAJ, Projudi e eproc, viabilizando a obtenção de informações sigilosas de processos, declarações, procurações, assinaturas e outros documentos.

Além disso, conforme o delegado João Vitor Herédia, titular da DRCPE/Dercc, o investigado mantinha uma gráfica clandestina, onde fabricava documentos falsos e fraudava contas digitais e outros registros eletrônicos. A atuação do suspeito também foi identificada na Operação Medici Umbra, deflagrada em segunda-feira, 17 de junho, em São Paulo, onde outros cinco indivíduos foram presos por invadir contas gov de médicos gaúchos e subtrair valores bancários.

A Polícia também descobriu o envolvimento da companheira do suspeito, com quem ele já havia sido preso em 2022, na mesma gráfica clandestina. Na época, foram apreendidos documentos falsificados, carimbos oficiais, papel moeda e maquinário profissional. A mulher era foragida da Justiça de São Paulo por tráfico de drogas.

Com a operação, a Polícia Civil reafirma seu compromisso com investigações qualificadas contra organizações criminosas, atuando de forma firme para responsabilizar criminalmente todos os envolvidos nos esquemas fraudulentos.

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