O trágico atropelamento que tirou a vida da jovem argentina Viviane Villalba, de 22 anos, ganhou desfecho após pouco mais de um mês de investigações. O inquérito da Polícia Civil concluiu que o motorista de 24 anos que dirigia o carro envolvido no acidente responderá por homicídio culposo — quando não há intenção de matar — com agravante por não prestar socorro. Viviane foi atingida por um veículo na RS-344, entre Santo Ângelo e Giruá, durante a madrugada do dia 8 de junho. O laudo pericial apontou que a morte foi causada por politraumatismo provocado por impacto contundente.
Na ocasião, o motorista relatou ter sentido um impacto ao passar por um objeto na pista, mas presumiu se tratar de um animal. Com receio de parar naquele trecho escuro, seguiu viagem. Apenas ao chegar em casa, em Giruá, e estacionar o carro na garagem, notou o corpo da jovem pendurado na parte traseira do veículo. A vítima já estava sem vida naquele momento. Ele acionou a polícia, recusou-se a realizar o teste do bafômetro e responde ao processo em liberdade.
Viviane havia se mudado recentemente para o Brasil, vindo da cidade de Dos de Mayo, na província argentina de Misiones. Morava e trabalhava em uma casa noturna de Giruá, próxima ao local do atropelamento, havia apenas duas semanas. Imagens de segurança confirmaram que ela saiu do local por volta das 4h usando apenas moletom, a mesma roupa com que foi encontrada. O corpo foi reconhecido por familiares e levado de volta à Argentina no dia 11 de junho.