Polícia esclarece assassinato brutal de mãe, bebê e adolescente na Região Metropolitana de Porto Alegre

Investigação revela crime motivado por ciúmes e disputas religiosas; casal é preso após confissão e comoção toma conta da comunidade

Na manhã de terça-feira, 22 de julho, a Delegacia de Polícia de Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi acionada para investigar o desaparecimento de Kauany Martins Kosmalski, de 18 anos, e de seu bebê, Miguel Martins Kosmalski, de apenas dois meses. A denúncia partiu de uma tia da jovem, que preocupada com a ausência de contato, procurou a polícia.

O caso, inicialmente tratado como desaparecimento, se transformou em um dos crimes mais chocantes do ano na região. A investigação revelou que os assassinatos foram cometidos por um pai de santo e sua esposa, motivados por ciúmes e medo de perder prestígio religioso. A jovem mantinha uma relação com o autor desde a adolescência, o que agravou ainda mais a situação.

Um amigo da vítima, Ariel Silva da Rosa, de 16 anos, também foi morto, possivelmente por ter testemunhado os crimes.

Durante o interrogatório, o homem confessou ter esfaqueado Kauany e Ariel, e ocultado os corpos em um buraco à beira de um rio, cobertos com galhos e madeira. O bebê Miguel foi encontrado sobre o corpo da mãe, mas a perícia ainda investiga se ele foi jogado no local com vida. O Instituto Geral de Perícias (IGP) é responsável por determinar a causa exata da morte da criança.

Os corpos foram encontrados no final da tarde de terça-feira, gerando revolta e comoção popular. A casa do casal acusado foi atacada por populares, e a mulher acabou se entregando à polícia. Em seu depoimento, ela admitiu ter esfaqueado Kauany, enquanto o marido atacou Ariel.

Além do casal, dois adolescentes também foram envolvidos no crime. Todos foram presos e autuados. Segundo a delegada Marcela Smolenaars, os crimes foram classificados como feminicídio triplamente qualificado e homicídios quadruplamente qualificados. As prisões preventivas dos adultos e as medidas socioeducativas dos menores estão em análise pelo Poder Judiciário.

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