Presos criminosos que aplicavam o “golpe do falso advogado” contra vítimas no Rio Grande do Sul

Polícia Civil deflagra operação em três Estados para prender estelionatários que se passavam por advogados para aplicar golpes em vítimas gaúchas

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 2 de julho, a Operação Falso Patrono, com objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado em estelionato, falsificação de documentos e uso de identidade falsa. Os criminosos aplicavam o chamado “golpe do falso advogado” em vítimas gaúchas.

Com o apoio de policiais civis do Ceará, Santa Catarina e Minas Gerais, foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva e 18 de busca e apreensão nos três Estados, resultando em cinco prisões. A operação mobilizou mais de 100 agentes. Entre as vítimas do grupo está um ex-vereador de Porto Alegre.

Segundo as investigações, a fraude combinava engenharia social com o acesso a informações processuais públicas. Os golpistas monitoravam sistemas dos tribunais para identificar processos, principalmente de precatórios, requisições de pequeno valor ou indenizações, coletando nomes das partes, CPFs, nomes de advogados e números dos processos.

De posse desses dados, os criminosos entravam em contato com as vítimas por WhatsApp ou ligação telefônica, apresentando-se como advogados, assessores ou funcionários de tribunais.

“A abordagem é altamente convincente. Informam que determinado valor foi liberado e enviam documentos falsificados com timbres do Poder Judiciário ou de escritórios de advocacia. A vítima, então, é induzida a pagar custas, impostos ou taxas cartorárias antecipadamente, geralmente via Pix, para contas de laranjas. Em alguns casos, usam chamadas de vídeo e áudios com linguagem jurídica, o que aumenta a credibilidade e dificulta a identificação do golpe”, informou a Polícia Civil gaúcha.

Diante do aumento de registros de ocorrência no ano passado, principalmente advogados gaúchos que tiveram nomes usados de forma fraudulenta, a Polícia Civil instaurou inquéritos e iniciou diligências, utilizando ferramentas tecnológicas de investigação. Foram identificados 15 envolvidos no Ceará, um em Santa Catarina e um em Minas Gerais, todos responsabilizados na operação deflagrada nesta quarta-feira.

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