Professor particular é condenado a 70 anos por estupro de vulnerável no RS

Professor, de 32 anos, se aproveitava da condição de educador para cometer abusos contra três meninos menores de 14 anos durante aulas particulares em sua residência.

A Justiça acolheu denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em São Luiz Gonzaga e condenou um professor particular a 70 anos de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática de crimes de estupro de vulnerável contra três meninos, todos com menos de 14 anos à época dos fatos. A sentença foi divulgada na quarta-feira, 24 de julho.

De acordo com a denúncia do MPRS, os crimes ocorreram em diversas ocasiões entre os anos de 2023 e 2024, durante aulas particulares ministradas pelo réu, de 32 anos à época, em sua residência. As vítimas eram alunos que buscavam reforço escolar.

A investigação revelou que o réu se aproveitava da posição de confiança e autoridade decorrente da função de educador para praticar atos libidinosos com os menores. Os abusos incluíam exibição de vídeos pornográficos, toques em partes íntimas, masturbação na presença das vítimas e tentativas de induzi-las a práticas sexuais. Em um dos casos, o réu chegou a ameaçar a criança para que não revelasse os fatos à família.

Durante o processo, foram colhidos depoimentos das vítimas por meio do procedimento de escuta especializada, além de testemunhos de familiares e profissionais envolvidos no atendimento das crianças. O réu foi condenado por três crimes de estupro de vulnerável, com agravante pelo fato de ter se valido da condição de professor para cometer os delitos. A prisão preventiva foi mantida, diante da gravidade dos fatos e da necessidade de garantir a ordem pública.

O promotor de Justiça Sandro Loureiro Marones, que ajuizou a denúncia contra o réu, ressaltou a importância da decisão judicial: “A sentença representa uma resposta firme e necessária do Sistema de Justiça à violação brutal da dignidade de crianças em situação de vulnerabilidade. O réu se aproveitou da confiança depositada nele por famílias que buscavam apoio educacional para seus filhos, e transformou esse vínculo em instrumento de abuso. A condenação reafirma o compromisso do Ministério Público com a proteção integral da infância e com a responsabilização exemplar de quem atenta contra os direitos fundamentais de nossas crianças.”


Se você souber ou suspeitar de algum caso de violência que envolva criança ou adolescente, não se cale! A vida deles pode depender da sua denúncia.

Denunciar é rápido, sigiloso e salva vidas. Em caso de urgência ligue para o 190 (Brigada Militar). Em outros casos, procure o Conselho Tutelar, a Promotoria de Justiça ou Delegacia de Polícia mais próxima, ou ainda disque 100.

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