Queda trágica na Índia pode ter sido causada por ação deliberada de piloto, aponta investigação

Relatório inicial levanta suspeitas de sabotagem em acidente aéreo com 260 mortos; caixa-preta registrou conversa tensa entre tripulantes antes da queda
As primeiras conclusões da investigação sobre a queda do avião da Air India em Ahmedabad, no mês passado, indicam uma possível ação intencional por parte de um dos pilotos. Segundo o relatório preliminar, os botões que controlam o fornecimento de combustível foram deliberadamente desligados segundos antes da tragédia. Esses comandos são protegidos contra uso acidental, o que reforça a suspeita de que não se tratou de uma falha técnica. A caixa-preta revelou um diálogo tenso entre os tripulantes no momento crítico: um piloto questiona o outro sobre o corte de combustível, e a resposta é de negação.
O acidente, que vitimou 260 pessoas, aconteceu logo após a decolagem de um Boeing 787-8, que seguia para Londres. A aeronave caiu em uma área residencial, atingindo o alojamento de uma faculdade de medicina, onde 29 pessoas também perderam a vida. O impacto aconteceu por volta do horário do almoço, agravando o número de vítimas. A bordo estavam passageiros de diversas nacionalidades, entre eles 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. O único sobrevivente é um homem com cidadania indiana e britânica.
Embora outras hipóteses tivessem sido inicialmente levantadas — como falha no flap, dispositivo que ajuda na decolagem — os destroços confirmaram que os equipamentos estavam funcionando corretamente. Além disso, nenhuma falha foi atribuída à fabricante da aeronave ou dos motores, e os testes confirmaram que o combustível estava dentro dos padrões. Com isso, a investigação segue centrada na possibilidade de erro ou ação humana deliberada. Ainda não há previsão para a divulgação do relatório final.