No mesmo dia em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar suas alegações finais na ação penal do “núcleo 1” do inquérito que investiga a elaboração de um suposto plano de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em rede social, que estão tentando “destruí-lo por completo”.
“Querem me destruir por completo – eliminar fisicamente, como já tentaram – para que possam, enfim, alcançar você. O cidadão comum. A sua liberdade. A sua fé. A sua família. A sua forma de pensar”, escreveu Bolsonaro na manhã desta segunda-feira, 14 de julho, sem citar diretamente a PGR ou o Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda na publicação, o ex-presidente afirmou que “querem silenciar quem se opõe” e questionou: “Qual democracia permite apenas um lado falar, pensar e existir?”. Ele completou dizendo: “E se não podem calar com censura, tentam com ameaças, inquéritos, prisão ou até com a morte. Não se enganem: se hoje fazem isso comigo, amanhã será com você”.
O parecer do procurador-geral Paulo Gonet é a última manifestação da acusação antes da análise do mérito pelo STF e consolida as provas obtidas durante a instrução do processo.
São réus no processo os seguintes investigados:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
- Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens
- Walter Braga Netto, general e ex-ministro da Defesa e da Casa Civil
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin
- Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF
- Augusto Heleno, general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa
Informações O Sul.