O violento terremoto de magnitude 8,8 que sacudiu a Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, durante a madrugada desta quarta-feira, provocou uma sequência de tsunamis com impacto direto em diversos países banhados pelo Pacífico. Ondas de até 4 metros foram registradas em solo russo, principalmente em Kamchatka e Sakhalin, onde uma creche foi completamente destruída. Equipes de resgate atuam na região, e há relatos de feridos e prejuízos estruturais significativos.
O Japão foi duramente atingido, com ondas de 1,3 metros chegando à prefeitura de Iwate e à ilha de Hokkaido. Mais de 1,9 milhão de pessoas foram obrigadas a deixar áreas costeiras, enquanto trabalhadores das usinas nucleares de Fukushima foram evacuados preventivamente. A operadora TEPCO assegurou que não há riscos operacionais nem feridos nas instalações nucleares até o momento. As autoridades japonesas permanecem em alerta para a possibilidade de novas ondas ainda mais intensas.
Nos Estados Unidos, os efeitos do tsunami já alcançaram o Havaí, onde foi registrada uma onda de 1,21 metros na ilha de Oahu. O governo estadual ordenou evacuação imediata em zonas de risco, enquanto o presidente Donald Trump pediu que a população siga rigidamente as orientações de emergência. O alerta de tsunami foi estendido a países como China, Filipinas, Indonésia, Guam, Peru e Equador, e especialistas alertam que novos tremores secundários, com magnitudes de até 7,5, podem ocorrer nas próximas semanas. Este foi o terremoto mais potente da região desde 1952.