Momentos de pânico marcaram o acidente com o balão em Praia Grande, no Sul de Santa Catarina, que terminou com a morte de oito pessoas. Entre os passageiros estava uma estudante de Direito que sobreviveu ao salto desesperado. Ela contou que, antes de pular, viu o fogo se espalhar rapidamente e tentou chamar pelos pais, mas não obteve resposta. O balão já estava muito alto e tomado pelas chamas quando ela saltou. A jovem afirma que, a partir de agora, sua luta será por justiça e por regras mais rígidas para evitar novas tragédias.
O piloto responsável pelo voo revelou que tudo parecia normal até quatro minutos após a decolagem, quando sentiu cheiro de queimado vindo do maçarico auxiliar. Ele explicou que tentou conter o fogo com o extintor, mas o equipamento falhou, e não havia um extintor reserva no cesto. Segundo ele, não imaginava que o extintor não funcionaria. Em determinado momento, foi ejetado do cesto de 1,20 m de altura. O piloto afirmou que orientou os passageiros a permanecerem tranquilos até o pouso ou o salto, mas a situação saiu de controle rapidamente.
A regulamentação dos voos de balão no Brasil tem sido alvo de críticas após o acidente. Na região de Praia Grande, os voos são classificados como “instrução”, mas comercializados para turismo. Especialistas defendem normas mais rigorosas, semelhantes às da aviação comercial, com exigência de seguro, equipamentos de navegação e planos de contingência. A Anac informou que o piloto não tinha autorização para voos turísticos, embora a defesa argumente que ele atuava conforme a legislação para voos desportivos. Enquanto isso, familiares das vítimas pedem respostas e medidas efetivas para garantir segurança em futuros passeios.
Com informações da Record TV.
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