O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira, 30 de julho, uma Ordem Executiva que impõe tarifa de 50% sobre a importação de produtos brasileiros, mas com cerca de 700 exceções. Entre os itens fora da nova taxação estão suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo motores, peças e componentes.
Também foram isentos polpa de madeira, celulose, metais preciosos, energia e produtos energéticos. Em contrapartida, café, frutas e carnes brasileiras serão taxados com a alíquota máxima.
A medida entrará em vigor na quarta-feira, 6 de agosto, e não afetará mercadorias já em trânsito com destino aos EUA. Segundo o documento, o Brasil foi classificado como uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional dos EUA”, equiparando o país a Cuba, Venezuela e Irã, tradicionalmente considerados hostis por Washington.
No texto, Trump afirma que a lista de exceções pode ser revista caso o Brasil adote “medidas significativas” para lidar com a situação e alinhe-se aos EUA nas áreas de segurança nacional, economia e política externa.
O presidente americano ainda ameaçou aumentar a alíquota caso o governo brasileiro retalie com novas tarifas: “Se o Brasil retaliar aumentando as tarifas sobre exportações dos Estados Unidos, aumentarei a alíquota ad valorem estabelecida nesta ordem”.
A decisão gerou repercussão internacional e preocupação entre exportadores brasileiros, principalmente do setor cafeeiro, que buscam incluir o café na lista de exceções.