Adeus a um guerreiro: policial morre após quase quatro anos em coma provocado por luta
Traumatismo durante campeonato de kickboxing encerrou prematuramente a trajetória de Anderson de Lima, soldado da Brigada Militar e atleta dedicado

Após quase quatro anos lutando pela vida, faleceu neste sábado (2) o policial militar Anderson de Lima, que estava em estado vegetativo desde 2021, quando sofreu um traumatismo craniano durante uma luta de kickboxing no Rio de Janeiro. Anderson representava a região no Campeonato Brasileiro da modalidade e acabou sendo atingido logo no início do combate, caindo no ringue após o primeiro golpe. Segundo relatos do treinador Thiago Figueiró, o impacto foi imediato e inesperado: “Foi com 10 segundos de luta. Nunca vi nada parecido”, disse na época.
O policial, que atuava na Força Tática do 3º Batalhão da Brigada Militar de Novo Hamburgo desde 2016, era conhecido por sua dedicação tanto à corporação quanto ao esporte. Sua trajetória como lutador havia começado dois anos antes do acidente, quando iniciou os treinos de kickboxing, chegando à faixa amarela. O sonho de integrar a polícia havia sido realizado com sua nomeação em novembro de 2016, mas a tragédia o afastou prematuramente da carreira e da vida ativa.
Logo após o acidente, Anderson sofreu uma convulsão no local e precisou ser entubado. No hospital, foi diagnosticado com traumatismo craniano e um coágulo cerebral rompido, o que exigiu uma cirurgia de emergência. Ele permaneceu internado no Rio de Janeiro por semanas até poder ser transferido para casa, onde ficou acamado e sob os cuidados da esposa, Andréia Araújo de Lima. Ela informou que o velório ocorrerá neste domingo (3), das 7h às 16h, na Sala Serenidade do Memorial Krause, marcando a despedida de familiares, amigos e colegas de farda.