BP faz maior descoberta em 25 anos com novo reservatório de petróleo no pré-sal brasileiro

A multinacional britânica encontrou reservatório de alta qualidade na Bacia de Santos, com área equivalente à cidade de Fortaleza

A petroleira BP Energy anunciou nesta segunda-feira, 4 de agosto, a descoberta de um novo reservatório de petróleo no pré-sal da Bacia de Santos, no bloco Bumerangue, localizado a 404 quilômetros da costa do Rio de Janeiro. Segundo a companhia, trata-se da maior descoberta da empresa nos últimos 25 anos.

A perfuração do poço 1-BP-13-SPS, a uma profundidade de 5.855 metros, revelou uma coluna de hidrocarbonetos de alta qualidade com extensão superior a 300 km², área comparável à da cidade de Fortaleza. A descoberta foi celebrada pelo vice-presidente executivo de Produção e Operações da BP, Gordon Birrell, que a classificou como “significativa” e afirmou que a empresa pretende estabelecer um hub de produção no Brasil.

Embora os primeiros dados da sonda indiquem altos níveis de dióxido de carbono (CO₂) ─ gás associado ao efeito estufa ─, a companhia informou que novas análises serão feitas para caracterizar o potencial do bloco Bumerangue.

A BP detém 100% de participação no bloco, arrematado em leilão da ANP em dezembro de 2022. Pelo contrato de partilha, a petroleira deve ceder à União 5,9% do óleo excedente. A empresa também participa da exploração de outros oito blocos marítimos, sendo operadora em quatro, com nova campanha prevista no bloco Tupinambá em 2026.

A multinacional atua no Brasil desde 1957, com presença nos setores de petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia solar e produção de lubrificantes. A BP também é sócia da Usina Termelétrica GNA II, a maior da América Latina a gás natural, recém-inaugurada no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fundada como British Petroleum, a empresa passou a se identificar como BP Energy no início dos anos 2000, adotando o conceito “Beyond Petroleum”. Apesar do novo posicionamento, a companhia ficou marcada negativamente por um vazamento de petróleo no Golfo do México em 2010, que gerou indenizações bilionárias.

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