Caminhoneiro do Rio Grande do Sul acusado de matar avó, mãe e filha em um grave acidente na BR-470, em Apiúna, foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina por homicídio qualificado — consumado e tentado — e embriaguez ao volante. Testemunhas e laudos apontam que ele dirigia em zigue-zague, em trecho de baixa visibilidade, e apresentava 0,94 mg/l de álcool no ar alveolar, quase três vezes acima do limite permitido. O impacto frontal contra um carro ocupado por seis pessoas matou na hora uma adolescente de 12 anos, sua mãe de 36 anos e a avó de 61 anos.
O acidente ocorreu na madrugada de sexta-feira, 25 de julho, no quilômetro 102 da rodovia. As outras três vítimas, incluindo um menino de 6 anos, a irmã gêmea da adolescente e o pai, sobreviveram com ferimentos graves. Segundo o MPSC, os demais homicídios não se consumaram graças ao rápido atendimento médico. O caminhoneiro foi preso em flagrante, teve a prisão convertida em preventiva e segue no Presídio Regional de Blumenau.
A promotora de Justiça Cristina Nakos ressaltou que o caso exige uma resposta exemplar do Judiciário. Na denúncia, o Ministério Público solicita que o réu seja julgado pelo Tribunal do Júri, com aplicação das penas máximas previstas, além de uma indenização mínima de R$ 100 mil por vítima. “Conduzir um veículo pesado, embriagado e em zigue-zague, numa rodovia movimentada, é expor vidas inocentes a um risco inaceitável”, afirmou.