Consumidor contesta cobrança por “sujeira microscópica” em fone enviado para conserto sob garantia em Porto Alegre

Cliente afirma que assistência recusou reparo mesmo sem evidências visíveis de mau uso, gerando cobrança considerada abusiva

Um consumidor de Porto Alegre está questionando a decisão da assistência técnica que se recusou a consertar seus fones de ouvido sob garantia, após um dos lados parar de funcionar totalmente. Segundo o parecer técnico emitido na quarta-feira, 30 de julho, o motivo da negativa seria a presença de “impurezas e objetos estranhos” no interior do produto.

No entanto, o cliente alega que os resíduos mencionados estavam apenas na borracha de proteção dos fones e só eram visíveis com ampliação microscópica, não afetando diretamente os componentes eletrônicos.

O orçamento enviado ao consumidor incluía uma cobrança de R$ 150 para a limpeza do equipamento, valor que ele classificou como abusivo, já que um par de fones novos custa em torno de R$ 300. “Verifiquei cuidadosamente antes de enviar. Não havia nenhum excesso de sujeira. É esperado que qualquer fone de ouvido tenha resquícios mínimos de cera ou resíduos, já que o uso é justamente no ouvido”, afirma o proprietário, Suarez.

De acordo com o relatório técnico da autorizada, a presença de resíduos exclui automaticamente a cobertura da garantia, conforme os termos descritos pelo fabricante. Entretanto, o consumidor contesta a justificativa, argumentando que o uso normal do produto inevitavelmente causa acúmulo de pequenas partículas.

“O consumidor está sendo penalizado por algo que faz parte do uso natural do equipamento”, afirma Suarez, ao defender uma revisão das políticas adotadas. O caso levanta debates sobre os limites da garantia de fábrica e o que realmente pode ser considerado “uso indevido” em produtos de uso contínuo.

Informações POA24h.

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