Eduardo Bolsonaro amplia ofensiva política nos EUA e diz que pode viver décadas no exílio
Deputado licenciado atua junto a aliados de Trump para pressionar por sanções contra autoridades brasileiras após prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro afirmou estar realizando articulações intensas nos Estados Unidos com o objetivo de pressionar autoridades americanas a reagirem à prisão domiciliar de seu pai, Jair Bolsonaro. Desde fevereiro, quando se mudou para o país, ele afirma visitar a Casa Branca com frequência e se reunir com parlamentares como María Elvira Salazar, Chris Smith e o ex-estrategista de Donald Trump, Steve Bannon. O deputado diz acreditar que o governo americano pode adotar novas sanções contra figuras do alto escalão político brasileiro, como os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, por não enfrentarem as decisões do Supremo Tribunal Federal.
A prisão de Jair Bolsonaro foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes após sucessivos descumprimentos de medidas cautelares, incluindo a divulgação de conteúdos que, segundo o STF, buscavam obstruir investigações e intimidar autoridades. Entre os episódios recentes que motivaram a medida estão vídeos gravados pelo ex-presidente e uma ligação ao vivo feita durante manifestações, veiculada pelo senador Flávio Bolsonaro. Moraes também apontou o uso das redes sociais e a colaboração com aliados como parte de uma conduta ilícita e dissimulada para incitar apoiadores.
Sem previsão de retorno ao Brasil, Eduardo declarou que só voltará em caso de vitória política total, assumindo o risco de viver décadas fora do país. Ele afirma estar disposto a enfrentar o exílio para defender seu pai e os envolvidos nas investigações sobre tentativa de golpe. Segundo apuração da Polícia Federal, Jair Bolsonaro teria enviado R$ 2 milhões para sustentar a permanência do filho nos EUA, valor que agora é alvo de investigação por possível envolvimento em ações coordenadas no exterior.