Embaixada dos EUA intensifica críticas a Alexandre de Moraes e envia alerta a aliados no Brasil

Em nota publicada nesta quinta-feira, a representação diplomática dos Estados Unidos no Brasil voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e alertou seus aliados para não apoiar ou facilitar suas ações. A declaração reforça críticas feitas anteriormente pelo subsecretário de Diplomacia Pública dos EUA, Darren Beattie, que classificou Moraes como o “principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores”.
A ofensiva ocorre após o governo de Donald Trump aplicar sanções contra Moraes na semana passada com base na Lei Magnitsky, que prevê punições a estrangeiros acusados de graves violações de direitos humanos ou corrupção. As medidas incluem bloqueio de bens nos EUA, proibição de transações com cidadãos e empresas norte-americanas e impedimento do uso de cartões de crédito emitidos por bandeiras dos Estados Unidos.
O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, acusou Moraes de conduzir uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, em processos que classificou como politicamente motivados, com censura e detenções arbitrárias. Segundo Bessent, o ministro estaria atuando como “juiz e júri” contra cidadãos e empresas brasileiras e norte-americanas — expressão também utilizada por Trump em declarações recentes.
O STF divulgou nota defendendo o magistrado, afirmando que todas as decisões citadas pelo governo norte-americano foram validadas pelo colegiado da Corte.