Golpe cruel usava imagem de criança com paralisia para rifas falsas no RS

Criminosos vendiam bilhetes em eventos e mercados com pretexto de tratamento médico

Três mulheres e dois homens foram denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul por aplicar golpes com rifas falsas que usavam a imagem de uma criança com paralisia cerebral como isca emocional. Os estelionatários alegavam que a arrecadação seria destinada ao tratamento da criança, mas o dinheiro era dividido entre o grupo, sem qualquer repasse para a família. Uma das envolvidas, inclusive, é madrinha da criança, o que agravou ainda mais a gravidade do caso.

As falsas rifas prometiam prêmios como eletrodomésticos e roupas de cama, mas não passavam de um artifício para enganar a população. Segundo o promotor Fernando Mello Müller, os golpistas atuaram em diversos pontos da cidade de Camaquã entre os dias 5 e 25 de julho, inclusive em estacionamentos de supermercados, onde afirmavam falsamente que o estabelecimento apoiava a ação. O MP já identificou ao menos seis vítimas e acredita que o número pode ser bem maior.

Durante a investigação, um carro foi apreendido com vários talonários das rifas fraudulentas, o que reforça a hipótese de atuação em diversas cidades do estado. A denúncia já foi encaminhada à Justiça e, além da responsabilização penal dos envolvidos, o MP solicita que R$ 20 mil sejam destinados a uma instituição de apoio a crianças em situação de vulnerabilidade. Três dos acusados já estão presos preventivamente.

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