Governo do Estado apresenta avanços do Plano Rio Grande a empresários do 4° Distrito

Encontro no Instituto Caldeira detalhou ações de prevenção, batimetria e dragagem para enfrentar os impactos das cheias

O governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), apresentou, nesta segunda-feira (18/8), os avanços e ações em andamento no combate às cheias para representantes da Associação das Empresas dos Bairros Humaitá e Navegantes (AEHN). O evento ocorreu no Instituto Caldeira, em Porto Alegre.  

O encontro teve como objetivo compartilhar informações relevantes com os associados da AEHN, empresas da região do 4° Distrito e membros do Instituto Caldeira, além de detalhar os projetos de batimetria e dragagem do Estado, vinculados ao Plano Rio Grande. Liderado pelo governador Eduardo Leite, o Plano é o programa de Estado criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro. 

A titular da Sema, Marjorie Kauffmann, ressaltou que a prioridade é fortalecer a resiliência do Estado com planejamento integrado e ações que reduzam a vulnerabilidade diante de eventos meteorológicos cada vez mais intensos. “Estamos estruturando soluções duradouras que combinem prevenção, preparação e recuperação. O diagnóstico técnico é fundamental para que possamos agir com segurança, responsabilidade ambiental e efetividade”, destacou.

 Prevenindo desastres

Entre as principais ações em andamento, estão o diagnóstico das bacias hidrográficas gaúchas, com investimentos em batimetria (estudo do relevo submerso) e mapeamento topográfico, que vão subsidiar o monitoramento, a previsão de cheias e o planejamento urbano. Os resultados parciais das batimetrias do Guaíba devem ser divulgados ainda neste semestre. A partir daí, os dados serão discutidos com especialistas e compartilhados com municípios e órgãos de Defesa Civil, fortalecendo a capacidade de previsão e atualização dos planos de contingência.

Também estão previstas a instalação de novas estações hidrometeorológicas e a aquisição de radares meteorológicos, ampliando a capacidade de previsão e resposta a emergências.

Guaíba: explicação e solução

No caso do Lago Guaíba, em Porto Alegre, a conclusão das análises batimétricas será decisiva para indicar se há necessidade de dragagem. Até o momento, especialistas do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH-UFRGS) e de entidades técnicas apontam que não existem evidências de assoreamento capaz de ter agravado as cheias recentes. Segundo os cientistas, a dragagem só deve ser considerada após a finalização dos diagnósticos, devido aos possíveis impactos ambientais.

Além disso, o governo, por meio do Plano Rio Grande e do Desassorear RS, já executou intervenções em pequenos cursos d’água de mais de 220 municípios, retirando cerca de 2 milhões de metros cúbicos de sedimentos. Também avançou em obras de dragagem nas hidrovias gaúchas e no Porto de Rio Grande, ações essenciais para a logística e a economia do Estado.

Estudos de zoneamento ambiental para atividade de mineração no Guaíba

Está em andamento, na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), o zoneamento ambiental para a atividade de mineração de areia no Guaíba, que subsidiará, com critérios técnicos, o licenciamento ambiental da mineração no lago. O estudo avalia riscos e impactos da atividade, levando em conta aspectos socioeconômicos, biológicos e de preservação. A consulta pública sobre o zoneamento se encerrou em 9 de agosto e os técnicos avaliam as considerações recebidas. Já a consulta pública sobre normas para mineração de areia em canais de hidrovias fica aberta até quinta-feira (21/8), no site da Fepam.

Com investimentos em estudos e dragagem, monitoramento e obras de infraestrutura, o Plano Rio Grande reforça o compromisso do Estado em transformar conhecimento técnico e científico em políticas públicas eficazes para enfrentar as mudanças climáticas e proteger a população.

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