Governo lança Plano Brasil Soberano com R$ 30 bilhões em crédito para exportadores afetados por tarifaço dos EUA

Medida provisória prevê apoio a empresas, trabalhadores e incentivos à diplomacia comercial, com foco em fortalecer o setor produtivo e proteger empregos

O governo federal anunciou nesta quarta-feira, 13 de agosto, o Plano Brasil Soberano, uma medida provisória que reúne ações para apoiar empresas, exportadores e trabalhadores impactados pelas sobretaxas unilaterais impostas pelos Estados Unidos. A MP será publicada ainda hoje em edição extra do Diário Oficial da União.

Com três eixos principais — fortalecimento do setor produtivo, proteção aos trabalhadores e diplomacia comercial — o plano inclui linhas de crédito, incentivos fiscais, estímulo à exportação e políticas para manutenção de empregos.

Entre os principais destaques, está a liberação de R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações, voltados para crédito acessível e expansão do financiamento às exportações. Empresas mais afetadas pelo tarifaço, especialmente aquelas com maior dependência das exportações para os EUA, terão prioridade no acesso aos recursos.

O plano ainda prevê:

Na frente trabalhista, será criada a Câmara Nacional de Acompanhamento do Emprego, com atuação regional, para monitorar o impacto das medidas tarifárias nos postos de trabalho e propor ações para preservação dos empregos. A Inspeção do Trabalho será responsável por fiscalizar o cumprimento de acordos e obrigações trabalhistas.

O plano também reforça a diplomacia comercial brasileira, visando reduzir a dependência do mercado norte-americano e abrir novos mercados. Além dos acordos já fechados com a União Europeia e a EFTA, o Brasil negocia com Emirados Árabes Unidos, Canadá, Índia e Vietnã.

Segundo o governo, o Plano Brasil Soberano é resultado de 39 reuniões com mais de 400 representantes de empresas, federações e entidades setoriais, incluindo setores como tecnologia, agroindústria, mineração, saúde e manufatura.

“Com o Plano Brasil Soberano, o governo federal não está apenas reagindo a uma ameaça imediata: está reconstruindo e fortalecendo o sistema nacional de financiamento e seguro à exportação, para que o país seja mais competitivo e menos vulnerável a esse tipo de medida no futuro”, destacou o Planalto.

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