O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira, 7 de agosto, que o ex-presidente Jair Bolsonaro receba visitas de seus médicos particulares enquanto cumpre prisão domiciliar em Brasília.
A decisão atende a um pedido da defesa do ex-presidente, permitindo que os médicos Cláudio Augusto Vianna Birolini, Luciana de Almeida Costa Tokarski, Erasmo Tokarski e Leandro Santini Echenique possam atendê-lo em casa. Moraes também determinou que, em caso de emergência, a necessidade de eventual internação deverá ser comprovada em até 24 horas.
Desde 2018, após sofrer um atentado à faca durante a campanha presidencial, Bolsonaro enfrenta problemas de saúde na região do estômago, tendo passado por diversas cirurgias.
A prisão domiciliar foi determinada no inquérito em que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, é investigado por colaborar com o governo de Donald Trump em ações de retaliação contra o STF e o governo brasileiro. Eduardo, que se licenciou do mandato em março alegando perseguição política, mudou-se para os Estados Unidos.
Segundo as investigações, Jair Bolsonaro teria enviado recursos via Pix para sustentar a estadia do filho no exterior. Além disso, o ex-presidente é réu na ação penal da trama golpista que tramita no Supremo, cujo julgamento está previsto para ocorrer em setembro.