A Polícia Federal concluiu que o pen drive apreendido no banheiro do quarto do ex-presidente Jair Bolsonaro, durante operação realizada na quinta-feira, 18 de julho, continha grande quantidade de arquivos apagados. Peritos conseguiram recuperar poucos dados, considerados sem relevância para as investigações, motivo pelo qual o material não foi incluído no relatório final que indiciou Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro. O dispositivo trazia apenas catálogos de uma empresa de equipamentos médicos, a Medicalfix, cujo sócio é amigo da família Bolsonaro e que se reuniu com eles em quinta-feira, 22 de agosto de 2024 para discutir incentivos à indústria nacional.
Na mesma operação, a PF também encontrou anotações manuscritas no porta-luvas de um carro de Bolsonaro, com referências à delação de Mauro Cid. Os papéis sugerem estratégias de defesa e reflexões sobre o interrogatório de Cid no STF, com trechos como “pressão p/PR assinar ‘um decreto’” e “plano de fuga – do GSI caso a Presidência fosse sitiada”. Apesar do conteúdo sugestivo, os documentos também foram descartados do inquérito por não se enquadrarem no escopo da investigação. O pen drive segue apreendido.
Com informações do Portal Metropoles.