Polícia Federal deflagra operação para reprimir conflito indígena em Nonoai

Ação mobilizou mais de 180 agentes e cumpriu 22 mandados de busca e apreensão em aldeias da Terra Indígena Nonoai

A Polícia Federal, com apoio do 3º Batalhão de Choque e do CRPO Norte da Brigada Militar, deflagrou nesta quinta-feira, 28 de agosto, a Operação PO’I MAG (Grande Líder), com o objetivo de conter conflitos entre grupos indígenas rivais e investigar crimes registrados na Reserva Indígena de Nonoai, no Rio Grande do Sul.

Durante a operação, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Federal de Passo Fundo: 14 na Aldeia Sede e 8 na Aldeia Bananeiras, ambas pertencentes à Terra Indígena Nonoai. A ação contou com a participação de cerca de 100 policiais federais e 80 policiais militares.

O inquérito apura um intenso conflito armado iniciado em março, quando um grupo dissidente rompeu com a liderança da Aldeia Sede e declarou uma nova chefia. Desde então, os confrontos resultaram em quatro tentativas de homicídio, 25 casas incendiadas e dezenas de indígenas expulsos da comunidade.

Em maio, a violência se intensificou com um homicídio consumado, mais duas tentativas de homicídio, além de crimes de dano, incêndio criminoso e disparos de arma de fogo. Há indícios de que facções criminosas locais tenham fornecido armas e até milicianos para atuar no conflito.

Entre os crimes investigados estão homicídio qualificado (consumado e tentado), formação de milícia privada, lesões corporais, ameaças, porte ilegal de armas de calibre restrito e incêndio criminoso.

Segundo a Polícia Federal, a operação busca restabelecer a segurança na região, garantindo tranquilidade à comunidade indígena e aos moradores dos municípios que integram a Terra Indígena Nonoai, além de reunir provas para responsabilizar os envolvidos.

Longevitá

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