Após mais de seis décadas de atuação no varejo farmacêutico, a Maxxi Econômica, com sede em Canoas, entrou com pedido de recuperação judicial em meio a uma crise financeira que comprometeu sua estrutura. A empresa, que já chegou a operar com 200 lojas, hoje mantém apenas 60 em funcionamento e acumula dívidas que ultrapassam R$ 100 milhões, considerando tanto os débitos listados no processo judicial quanto os que ficaram de fora, como tributos e compromissos com cooperativas.
A rede atribui a situação a uma série de choques enfrentados nos últimos anos, como a pandemia, o aumento no custo do crédito e, principalmente, a enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul em 2024, impactando diretamente suas operações. A decisão judicial tem como foco preservar empregos e manter a prestação de serviços à população, especialmente às classes C e D, público-alvo da rede. O processo será conduzido com apoio do escritório Malta Martins Advocacia, de Porto Alegre, que também informou que a empresa apresentará um plano de reestruturação com medidas para equilibrar as finanças.
Diversas unidades foram encerradas em cidades como Novo Hamburgo, São Leopoldo, Montenegro, Ivoti e Bento Gonçalves, refletindo os efeitos da crise. Mesmo diante das dificuldades, a Maxxi reafirma seu compromisso com os colaboradores e clientes, destacando que manterá os salários em dia e continuará oferecendo atendimento de qualidade e acessível. A iniciativa segue uma tendência nacional, com várias grandes empresas optando pela recuperação judicial como alternativa para reorganizar seus negócios e evitar colapsos definitivos.