Trabalhadores estrangeiros são resgatados de condições degradantes em restaurante de Porto Alegre

Fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou dez funcionários de um restaurante argentino no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, sob suspeita de trabalho em condições análogas à escravidão. Entre as vítimas, estavam seis mulheres e quatro homens, com idades entre 19 e 37 anos, sendo seis bolivianos e quatro argentinos. Segundo o MTE, os bolivianos haviam sido recrutados em Santa Cruz de La Sierra com promessas de bons salários, jornada de oito horas e alojamento adequado, mas encontraram realidade oposta.

As investigações revelaram jornadas de até 15 horas semanais, ausência de pagamento de horas extras e alojamento precário, sem camas suficientes, chuveiro, móveis básicos ou eletrodomésticos para preparo de refeições. Os argentinos, vindos da província de La Rioja, também enfrentavam excesso de trabalho e falta de direitos trabalhistas. Parte dos bolivianos já retornou ao país natal, enquanto dois argentinos seguem no Brasil. Todos terão direito ao seguro-desemprego para trabalhadores resgatados.

O restaurante contestou as acusações, alegando que as informações são falsas e motivadas por ex-colaboradores, prometendo apresentar documentação que comprove sua versão. O MTE notificou o empregador para regularizar os vínculos e pagar verbas rescisórias, além de custear o retorno dos trabalhadores às cidades de origem.

Dom Vital

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