Angela Ro Ro, um dos nomes mais intensos e singulares da música brasileira, morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos, no Rio de Janeiro. A cantora estava internada desde junho no Hospital Silvestre, na Zona Sul da cidade, onde enfrentava complicações de uma infecção pulmonar e crises renais. Após passar por uma traqueostomia, sofreu uma parada cardíaca que encerrou sua trajetória. A confirmação da morte veio de Laninha Braga, ex-namorada que a acompanhava, e do produtor Paulinho Lima, amigo próximo.
Nascida Angela Maria Diniz Gonsalves em 5 de dezembro de 1949, no Rio, ela marcou os anos 1980 com sua voz rasgada, interpretações viscerais e composições próprias. Seu primeiro álbum, lançado em 1979, trouxe apenas músicas autorais e abriu caminho para sucessos que atravessaram gerações, como “Gota de sangue”, “Agito e uso”, “Tola foi você” e o clássico “Amor, meu grande amor”. Dona de estilo inconfundível, foi reconhecida como uma das artistas mais autênticas de sua época.
Nos últimos anos, Angela enfrentava dificuldades financeiras e chegou a recorrer às redes sociais para pedir apoio de fãs e amigos. Em mensagem emocionada, contou que não tinha condições de trabalhar devido aos problemas de saúde e que vivia de doações enquanto aguardava tratamento. Mesmo fragilizada, mantinha a chama da música como parte essencial de sua vida, reafirmando o vínculo com o público que a acompanhou por décadas.