Adeus ao mestre do estilo: Giorgio Armani morre aos 91 anos

Estilista italiano que redefiniu a moda masculina e feminina deixa um legado de sofisticação e ousadia que atravessou gerações

Giorgio Armani, referência incontestável da moda mundial, faleceu nesta quinta-feira aos 91 anos, encerrando uma trajetória que revolucionou o vestuário contemporâneo. O criador italiano foi responsável por transformar o terno masculino, eliminando rigidez e formalidade em nome de elegância e conforto. A sua marca registrada, a “desconstrução do terno”, tornou-se um símbolo de modernidade e leveza no guarda-roupa masculino, e mais tarde também feminino, consolidando sua reputação como o mestre do casual chique.

Natural de Piacenza, no norte da Itália, Armani teve um início de vida distante das passarelas: filho de um contador, chegou a ingressar no curso de Medicina, motivado pela paixão pela anatomia, mas abandonou a faculdade antes da conclusão. Após uma passagem pelo Exército, teve sua primeira experiência no universo da moda como comprador da loja La Rinascente, em Milão. Seu talento chamou atenção, levando-o a desenhar a linha masculina de Nino Cerruti. Incentivado por seu parceiro de vida e negócios, Sergio Galeotti, fundou sua própria marca em 1975, aos 41 anos.

Visionário, Armani expandiu sua marca para muito além da moda de luxo. Em 1981, lançou a Emporio Armani, voltada ao público jovem, e no ano seguinte estourou mundialmente ao ser o primeiro estilista desde Christian Dior a estampar a capa da revista Time. Suas campanhas de underwear também causaram impacto: celebridades como David Beckham, Cristiano Ronaldo e Rafael Nadal protagonizaram ensaios icônicos para a grife. Mesmo com o sucesso no universo feminino, Armani sempre destacou sua conexão mais intuitiva com a moda masculina, o que lhe permitia experimentar em si mesmo os cortes e ajustes de suas criações.

Frassul

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