O Governo Federal anunciou um protocolo emergencial após uma série de intoxicações graves por metanol associadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. A decisão foi tomada após sete casos confirmados em São Paulo, dos quais cinco resultaram em óbitos — sendo um já confirmado na capital e outros quatro ainda sob análise. Segundo o Ministério da Saúde, os registros de setembro já representam quase metade da média anual de intoxicações por essa substância. A nova onda de casos trouxe um perfil inédito de exposição: diferentemente de ocorrências anteriores, os incidentes não se restringem mais a populações vulneráveis, mas passaram a ocorrer em ambientes como bares e festas, após o consumo de bebidas como gin, whisky e vodka.
Em resposta à gravidade da situação, o Ministério da Justiça ordenou que a Polícia Federal abrisse um inquérito para rastrear a origem e a possível distribuição interestadual do metanol. Simultaneamente, a Secretaria Nacional do Consumidor instaurou processo administrativo e acionou os Procons de todo o país. O Ministério da Saúde, por sua vez, determinou a notificação imediata de qualquer caso suspeito no Sistema Único de Saúde (SUS) e iniciou a publicação de um protocolo clínico emergencial com orientações específicas para a rede de urgência e emergência.
Para garantir uma resposta rápida, o governo ativou o sistema nacional de alerta criado em fevereiro de 2025, voltado à comunicação direta com profissionais da saúde. As autoridades reforçaram os principais sintomas da intoxicação por metanol — como visão turva, vômitos, dor abdominal e suor excessivo — e orientaram que qualquer pessoa que tenha consumido bebidas suspeitas procure atendimento médico preventivo. Os canais de emergência do Disque-Intoxicação e dos Centros Toxicológicos também foram reforçados para atendimento imediato à população.
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