Assassinato em Porto Alegre: publicitário usava inteligência artificial para enganar mulheres, segundo Polícia Civil

O publicitário Ricardo Jardim, de 66 anos, foi preso acusado de cometer um crime brutal em Porto Alegre. Segundo a Polícia Civil, ele esquartejou a manicure Brasilia Costa, de 65 anos, com quem mantinha um relacionamento amoroso há seis meses, e deixou parte do corpo da vítima dentro de uma mala na rodoviária da capital gaúcha. Após o assassinato, ele ainda usou o celular da mulher para enviar mensagens aos familiares, fingindo que ela estava viva, o que atrasou o registro de desaparecimento.
Investigadores do Departamento de Homicídios apontaram que Jardim utilizava perfis falsos nas redes sociais e ferramentas de inteligência artificial para se passar por jovens de 20 anos, com o objetivo de atrair mulheres. Segundo o delegado André Freitas, ele se apresentava como esportista e exibia uma vida falsa nas redes, onde era bastante ativo. A polícia acredita que outras vítimas possam ter sido enganadas da mesma forma, e não descarta a hipótese de que ele seja um assassino em série.
O caso também revelou que o suspeito estava foragido desde abril do ano anterior, mesmo tendo formação como publicitário. Durante esse período, dependia financeiramente da vítima, que transferia dinheiro para ele com frequência. Após matá-la, ele ainda realizou saques bancários utilizando os cartões dela. A motivação financeira é apontada como o principal motivo do crime. Jardim já tinha uma condenação anterior: em 2018, foi sentenciado a 28 anos de prisão por matar a própria mãe e concretar o corpo, também movido por interesses econômicos ligados a um seguro de vida de R$ 400 mil.
A vítima mais recente, Brasilia Costa, era natural de Arroio Grande e vizinha do suspeito, que morava em uma pousada no bairro São Geraldo. O irmão da vítima é sargento da Brigada Militar em Jaguarão. O histórico de violência e frieza de Jardim, aliado ao uso de tecnologia para manipular e atrair vítimas, evidencia a gravidade do caso, que agora é tratado com prioridade pelas autoridades.
Com informações do Jornal Correio do Povo.