Atentado em universidade: autor do disparo contra Charlie Kirk é preso após ajuda da própria família

Mensagem escrita em bala e fuga cinematográfica levantam questões sobre motivações políticas do crime

Três dias após o atentado que tirou a vida do influenciador conservador Charlie Kirk, a polícia prendeu Tyler Robinson, de 22 anos, acusado de ser o autor do disparo fatal. Kirk foi atingido no pescoço enquanto discursava na Universidade Utah Valley, e morreu após passar por cirurgia. O caso mobilizou agentes do FBI e forças policiais locais em uma busca intensa que terminou com a prisão do suspeito a cerca de 400 quilômetros do local do crime. A identificação de Robinson foi confirmada após ele ser convencido pela própria família a se entregar.

O comportamento de Robinson vinha gerando preocupação entre pessoas próximas, que relataram sua radicalização política nos últimos anos. Pouco antes do crime, ele comentou com amigos que sabia da presença de Kirk na universidade e demonstrou forte antipatia pelo ativista. Após os disparos, ele fugiu trocando de roupa e pulando de um telhado, como mostram imagens de segurança. O FBI encontrou um fuzil em uma área de floresta próxima ao campus, além de munições com frases provocativas, incluindo a expressão antifascista “Bella Ciao”, gravada em uma das balas.

A investigação revelou ainda mensagens nas redes sociais em que o jovem falava sobre armamentos e demonstrava intenções violentas. Um dos estojos de munição trazia a inscrição “Ei, fascista, pegue isso!”, e outro dizia: “Se você está lendo isso, você é gay”, indicando um possível componente ideológico e de provocação política no ato. O diretor do FBI, Kash Patel, afirmou que há indícios físicos que ligam Robinson diretamente ao assassinato e que ele será formalmente indiciado. A ação da família, especialmente do pai do suspeito, foi fundamental para a rendição, após receberem alerta de um pastor que também atua como policial.

A comoção em torno do caso ganhou ainda mais força com as declarações públicas do governador Spencer Cox e do presidente Donald Trump. Cox agradeceu diretamente à família do suspeito por colaborar com a justiça, enquanto Trump lamentou a morte do influenciador e pediu a aplicação da pena de morte, citando que Utah permite essa punição. A execução pública do crime, a fuga planejada e as mensagens simbólicas deixadas pelo atirador acirraram os debates sobre extremismo político e segurança em eventos públicos nos Estados Unidos.

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