Ministro afirmou que Brasil e ministros do STF estão sendo punidos injustamente e negou qualquer perseguição política contra Bolsonaro e aliados
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, classificou como injustas as sanções impostas pelos Estados Unidos ao Brasil e aos ministros da Corte. A declaração foi feita nesta quarta-feira, 17 de setembro, durante a abertura da sessão que marcou o fim do julgamento da chamada trama golpista, que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete aliados.
Barroso enfatizou que o processo foi conduzido com base em provas, incluindo confissões sobre o plano Punhal Verde Amarelo, que tinha como objetivo assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
“É profundamente injusto punir o Brasil, os brasileiros, as empresas brasileiras, os trabalhadores brasileiros e suas empresas por uma decisão que foi amplamente baseada em provas, acompanhada por toda a imprensa internacional. Também não é justo punir os ministros, que, com coragem e independência, cumpriram o seu papel”, declarou Barroso.
Ele negou qualquer tipo de perseguição política aos condenados:
“Não existe caça às bruxas ou perseguições políticas. Tudo o que foi feito baseou-se em provas.”
Barroso também ressaltou seus vínculos com os Estados Unidos, onde já morou e estudou, e fez um apelo à reconciliação:
“Esse é um chamamento ao diálogo e à compreensão, pelo bem dos nossos países, de uma longa amizade e da justiça. É hora de virar a página e retomar a vida do país com paz e tranquilidade.”