Bolsonaro enfrenta novo mal-estar e médico é chamado às pressas em casa

Em prisão domiciliar, ex-presidente tem crise de soluços e vômitos intensos; quadro preocupa família e reacende discussões sobre sua saúde

Em meio à pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro teve um novo episódio de mal-estar nesta segunda-feira (29), exigindo a presença urgente de seu médico, Cláudio Birolini, na residência onde cumpre prisão domiciliar em Brasília. Segundo o vereador Carlos Bolsonaro, seu pai sofreu uma crise de soluços acompanhada de quatro episódios de vômito, considerados os mais intensos até agora. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tenta acalmá-lo enquanto aguarda a avaliação médica. Carlos afirmou que a família ainda analisa a possibilidade de levá-lo ao hospital.

Bolsonaro vive atualmente em uma casa no bairro Jardim Botânico, sob monitoramento por tornozeleira eletrônica, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A prisão foi decretada no âmbito de um inquérito sobre ações do deputado Eduardo Bolsonaro ligadas à aplicação de sanções internacionais ao Brasil. O ex-presidente e outros oito envolvidos foram condenados recentemente por articularem um plano para impedir a posse do presidente Lula.

No último dia 14 de setembro, Bolsonaro já havia sido liberado temporariamente da prisão domiciliar para realizar exames no hospital DF Star, em Brasília. Na ocasião, além da retirada de lesões na pele, ele foi submetido a reposições de ferro intravenoso devido a um quadro de anemia por deficiência de ferro. Os exames também indicaram resquícios de uma pneumonia por broncoaspiração, evidenciando o quadro clínico debilitado do ex-presidente, conforme relatou Birolini, que frisou: “Ele é um senhor de 70 anos, bastante fragilizado por tudo que vem enfrentando”.

O agravamento recente da saúde de Bolsonaro volta a destacar sua vulnerabilidade física em meio à tensão judicial e política. Ainda que esteja sob cuidados médicos constantes, a sucessão de episódios clínicos — como vômitos, soluços persistentes, anemia e pneumonia — aumenta as preocupações da família e de seus apoiadores. Ao mesmo tempo, o contexto judicial permanece delicado, com novas etapas do inquérito e desdobramentos jurídicos ainda por vir.

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