O empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, informou nesta quinta-feira, 25 de setembro, à CPMI do INSS que irá fornecer à Polícia Federal mais de 180 gigabytes de documentos com o objetivo de comprovar a legalidade dos serviços prestados pela sua empresa, a Prospect. A empresa atua junto a entidades associativas suspeitas de realizar descontos indevidos em benefícios de aposentados.
Antunes, que está preso preventivamente desde 12 de setembro, reiterou sua inocência durante o depoimento. Ele afirmou que “Todos os serviços contratados pelas associações tinham como destinatário final o próprio associado” e negou qualquer responsabilidade ou interferência sobre o recrutamento de associados ou a inserção de dados no sistema do INSS.
O empresário declarou que a Prospect oferecia serviços como seguros funerários, clubes de benefícios e cursos, e classificou como “narrativas mentirosas” os relatos que o apontam como líder do esquema.
Antunes defendeu que, se houve descontos indevidos, a responsabilidade é das entidades contratantes, e não de sua empresa, que, segundo ele, “se limitava à prestação de serviços”.
Durante a sessão, o empresário declarou que responderia às perguntas dos parlamentares “desde que formuladas com educação e cordialidade”. No entanto, ele recusou-se a dialogar com o relator Alfredo Gaspar (União-AL), alegando já ter sido “julgado e condenado” por ele. Em resposta, Gaspar rebateu a declaração, acusando Antunes de ter articulado a criação de entidades que teriam retirado bilhões de reais de aposentados.
|
|
-
-
-
-
-
-
-
-
