Ciclone de grande intensidade se forma no Atlântico e deve atingir pico longe da costa

Sistema ciclônico que se origina no Rio Grande do Sul vai se aprofundar rapidamente e alcançar pressão atmosférica muito baixa, mas com impacto limitado em áreas habitadas

Uma área de baixa pressão que provoca chuva no Rio Grande do Sul nesta segunda-feira avança para o Oceano Atlântico, onde vai dar origem a um ciclone extratropical de grandes proporções entre a noite de segunda e a quarta-feira. O sistema passará por um processo de ciclogênese intensa, com queda de 23 hPa em apenas 24 horas, o que o coloca muito próximo da definição de ciclone bomba. Na quarta-feira, a previsão é de que o ciclone atinja pressão central de até 983 hPa, mas estará a mais de 1.500 quilômetros da costa, no meio do Atlântico Sul.

A MetSul Meteorologia prevê que, devido ao rápido afastamento do sistema, os impactos sobre o continente sejam limitados. Ainda assim, rajadas de vento entre 70 km/h e 90 km/h são esperadas nos Campos de Cima da Serra, especialmente entre Cambará do Sul e São Francisco de Paula, e pontualmente mais fortes no Planalto Sul Catarinense. No litoral, o vento deve ser mais moderado, com rajadas de 50 km/h a 70 km/h, principalmente no Litoral Norte. Em Porto Alegre, o vento deve atingir no máximo 60 km/h às margens do Guaíba. Já na quarta-feira, com o ciclone distante, os ventos mais fortes estarão concentrados no mar, com rajadas superiores a 150 km/h próximas ao centro do sistema.

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