Delegado se emociona ao relatar caso de criança morta pela mãe em SC: “quase foi decapitada”

Em coletiva marcada por forte comoção, delegado afirma que mãe matou filha de 2 anos e 9 meses com golpe profundo no pescoço em Balneário Gaivota

O delegado Jorge Ghiraldo, responsável pela investigação da morte da pequena Vitória Borba Felisberto, de apenas 2 anos e 9 meses, assassinada pela própria mãe em Balneário Gaivota, no Sul de Santa Catarina, revelou nesta quinta-feira, 11 de setembro, que a vítima quase foi decapitada com um golpe de faca no pescoço.

“Houve um corte profundo no pescoço que quase decapitou aquela criança”, declarou Ghiraldo em coletiva de imprensa de aproximadamente 20 minutos. Ao final do pronunciamento, visivelmente emocionado, o delegado disse: “Olha, você ver as imagens, chocam qualquer um.”

A mãe da criança, uma mulher de 42 anos, foi presa em flagrante. Segundo informações da Polícia Militar, ela relatou ter servido comida para as filhas e, depois disso, alegou não se lembrar de mais nada. Quando retomou a consciência, estava chamando o marido, que estava na área com a outra filha, pedindo ajuda para socorrer Vitória, que morreu ainda no local.

Na delegacia, a mulher repetiu a versão de que não sabe o que aconteceu. A Polícia Civil solicitou à Justiça a instauração de incidente de insanidade mental para avaliar a sanidade da suspeita.

O delegado também relatou o forte impacto emocional causado pelo crime à família. “O próprio filho, mais velho, de tão abalado que ficou, chegou a desferir um soco contra um espelho, lesionou bastante a mão, e o seu pai tentou até enforcamento,” contou Ghiraldo.

Segundo o filho, a mãe sofria de depressão diagnosticada há alguns anos, mas nunca procurou tratamento médico e não fazia uso de medicamentos. “Não há qualquer relatório médico de que ela tenha sido atendida em hospital ou consultório,” afirmou o delegado.

“Na minha experiência policial, nunca passei por uma situação dessa. Não encontramos motivação para o crime. Só pode ser que ela não estava psicologicamente inteira naquele momento,” declarou.

A polícia pediu a conversão da prisão em preventiva e indiciou a mulher por homicídio qualificado. O delegado ainda pretende ouvir o pai da criança nos próximos dias. “Mas eu não vejo até o momento que havia uma convivência conflitosa entre o casal que pudesse indicar vingança por parte de algum dos dois,” concluiu Ghiraldo.

Fonte: Oeste Mais

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