EUA reforçam críticas a Moraes e dizem que condenação de Bolsonaro é parte de ‘perseguição e censura’

Autoridades norte-americanas voltam a atacar ministro do STF e dizem que relação bilateral com Brasil vive momento mais sombrio em dois séculos
Os Estados Unidos voltaram a se manifestar contra a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, decidida pelo Supremo Tribunal Federal na quinta-feira, 11 de setembro, no processo que investigava tentativa de golpe de Estado. Segundo publicação do subsecretário de Diplomacia Pública, Darren Beattie, a decisão é “mais um capítulo do complexo de perseguição e censura” promovido pelo ministro Alexandre de Moraes.
A crítica foi endossada e compartilhada pela Embaixada dos EUA no Brasil, que classificou Moraes como um “violador de direitos humanos sancionado, que tem Bolsonaro e seus apoiadores como alvo”. Beattie ainda afirmou que os EUA levarão o “sombrio desdobramento com a máxima seriedade”.
No dia 30 de julho, o nome de Moraes foi incluído na lista de sanções do Tesouro norte-americano por meio da Lei Global Magnitsky, legislação que permite punições contra indivíduos acusados de corrupção ou violações graves de direitos humanos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, também criticou a condenação de Bolsonaro, classificando a decisão como “terrível” e dizendo estar “muito descontente” com o julgamento. “Acho que é muito ruim para o Brasil”, afirmou a jornalistas, elogiando Bolsonaro como “um bom homem, íntegro e notável”.
O secretário de Estado, Marco Rubio, também se manifestou nas redes sociais, afirmando que os EUA “reagirão adequadamente a essa caça às bruxas”. Rubio acusou Moraes e outros membros do STF de conduzirem uma prisão injusta do ex-presidente brasileiro.
Já o subsecretário de Estado, Christopher Landau, disse que a relação entre Brasil e Estados Unidos vive “o ponto mais sombrio em dois séculos” e que não vê solução para a crise “enquanto o futuro bilateral estiver nas mãos do ministro Moraes”.
Informações Jovem Pan News.