Lula dá posse a conselho que vai gerir R$ 5 bilhões de fundo social para a Bacia do Rio Doce

Novo Conselho Federal de Participação Social, com representação paritária entre governo e sociedade civil, será responsável por decidir a aplicação dos recursos previstos no Novo Acordo.

A execução do Novo Acordo da Bacia do Rio Doce, destinado a reparar os danos do rompimento da barragem de Mariana (MG) em 2015, foi efetivada nesta sexta-feira, 26 de setembro, com a instalação e posse do Conselho Federal de Participação Social da Bacia do Rio Doce e Litoral Norte Capixaba (CFPS Rio Doce). O evento de posse, realizado no Palácio do Planalto, contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O novo modelo de governança estabeleceu este colegiado para monitorar a aplicação dos recursos e garantir o controle social.

O Conselho será responsável por gerir R$ 5 bilhões previstos no Anexo 6 do Acordo, valor destinado à organização social e popular e a ser investido ao longo de 20 anos.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, destacou que o Conselho fará o “acompanhamento da sociedade organizada, o controle social e a participação dos atingidos e atingidas”.

Estrutura e Aplicação dos Recursos

O CFPS Rio Doce é composto por 36 membros no total, com representação paritária entre governo e sociedade civil.

Os recursos serão aplicados em eixos a serem discutidos e aprovados pelo Conselho, incluindo:

  • Economia popular e solidária;
  • Segurança alimentar e nutricional;
  • Educação popular;
  • Tecnologias sociais e ambientais;
  • Promoção do esporte e lazer;
  • Culturas e mídias locais;
  • Defesa da terra e do território.

A operacionalização da aplicação dos recursos será realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O Novo Acordo, cujas negociações se arrastavam há três anos, foi concluído no ano passado e prevê um total de R$ 100 bilhões a serem pagos pelas mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton ao longo de 20 anos. O novo modelo de reparação substitui a atuação da Fundação Renova, que vinha sendo alvo de diversas críticas pela falta de solução e pelo acúmulo de 85 mil processos judiciais.

Sersul

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